domingo, 7 de agosto de 2011

Falsa Peneira do Atlético em Campinas

Falsa peneira usa o nome do Atlético-MG e engana jovens em Campinas

Organizador cobrou inscrição antecipadamente e não apareceu; aproximadamente 60 pessoas pagaram a taxa de R$ 35


Um sonho frustrado. Dezenas de adolescentes entre 11 e 15 anos acordaram cedo e apareceram no Jardim Mercedes, em Campinas, por volta das 7h30 da manhã deste sábado (6), com a expectativa de dar o primeiro passo para começar a carreira de jogador de futebol. Mas a realidade foi outra. Uma falsa peneira usou o nome do Atlético-MG e enganou aproximadamente 60 pessoas, segundo a Polícia Militar.

O organizador Paulo Ribeiro cobrou antecipadamente R$ 35 de taxa de inscrição – valor depositado em conta -, mas não apareceu no local marcado após arrecadar cerca de R$ 2.100,00. Para justificar a ausência, ele alegou a testemunhas que sofreu um infarto. Ribeiro também não pagou o aluguel do campo para os testes. A polícia foi chamada, e pais lesados vão registrar um Boletim de Ocorrência na segunda-feira (8), às 17h30, no 9º Distrito Policial.

O celular do organizador ficou desligado a manhã inteira. Pais dos adolescentes e a própria polícia tentaram entrar em contato, mas não conseguiram. As ligações da reportagem do EPTV.com também caíram na caixa postal. O Atlético-MG negou qualquer relação com Ribeiro. Segundo a assessoria de imprensa do clube, as categorias de base não realizam peneiras fora do Estado de Minas Gerais.

“Não é a primeira vez que pessoas usam o nome do Atlético-MG para atrair mais gente. A maioria dos testes ocorre em Belo Horizonte. São várias as vezes que o clube faz peneira em outras cidades do estado. Fora (de Minas), nunca. Ainda assim, é tudo divulgado oficialmente”, afirmou o assessor Cassio Arreguy.

Para divulgar o teste, Paulo Ribeiro citou o nome Mauro Sérgio de Oliveira, coordenador das peneiras do Atlético-MG, mas que foi classificado como treinador de uma das categorias de base do Galo. O organizador foi além e citou que em uma peneira ocorrida em São José do Rio Pardo, dois garotos foram aceitos nas categorias de base.

Decepção
“A gente se sentiu lesado. Nós queremos nosso dinheiro de volta. Não tinha ninguém para dar satisfação. As crianças ficaram muito decepcionadas. Teve gente que veio de até outras cidades da região”, lamentou Cláudia Regina da Silva Cruz, que voltou com o filho de 15 anos de mãos vazias. O mesmo drama viveu Rosilene Moura Cardoso, pai de Rafael, também de 15 anos.

“Meu filho pegou a ficha na escolhinha onde ele faz futebol. Eu paguei dentro do prazo certinho, daí chego lá e não tem nada. Eu paguei uma taxa, mas teve gente que pagou duas e gastou até R$ 70”, comentou Rosilene.

Fonte/Reportagem: EPTV Campinas

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